Eu Sou o Alfa e o Ômega
EU SOU o Alfa e o Ômega". Vimos que essa frase, ou a declaração equivalente "EU SOU o primeiro e o último", se repete cinco vezes somente no livro do Apocalipse, sendo, portanto, um título importante para estes últimos dias. Jesus voltará em breve — não como um carpinteiro de Nazaré, nem como um servo sofredor para levar nossos pecados... Ele voltará como o Deus Todo-Poderoso e eterno. Então, na última vez, vimos como Ele é o Alfa e o Ômega da revelação de Deus. Vimos que toda a Bíblia, do primeiro ao último livro, fala sobre Ele.
Jesus é eterno, Senhor do início ao fim. Nada foge ao seu controle, pois Ele é Senhor da história. Porque Ele é o Primeiro e o Último, os crentes estão seguros, protegidos em todas as fases da vida, e não devem temer, pois Ele é o autor e consumador da fé (Hebreus 12:2).
Portanto a afirmação “Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso” (Apocalipse 1:8), revela A Eternidade e a Supremacia de Jesus Cristo. Essas palavras ressoam como um trovão no início do livro do Apocalipse, declarando a soberania absoluta de Deus. Mas, ao longo da revelação dada a João, esse título se entrelaça com a identidade de Jesus Cristo, que se apresenta como “o Primeiro e o Último” (Apocalipse 1:17; 2:8) e, finalmente, como “o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Derradeiro, o Princípio e o Fim” (Apocalipse 22:13). Esses títulos não são meras metáforas poéticas; eles revelam a natureza eterna e divina de Jesus, ecoando as autodeclarações de Deus no Antigo Testamento (Isaías 44:6; 48:12). Jesus é o Eterno, o Incriado, aquele que abrange toda a existência – do início ao fim da história, da criação à consumação.
O título “Alfa e Ômega” – as primeiras e últimas letras do alfabeto grego – simboliza a totalidade. Assim como “Primeiro e Último”, ele afirma que nada existe antes ou depois de Cristo. Ele é a fonte e o propósito de tudo. Em João 1:1-3, lemos que “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele”. Jesus não é uma criatura; Ele é o Criador e Sustentador do universo. Como o Alfa, Ele inicia toda a existência; como o Ômega, Ele a completa. Essa verdade confronta nosso egocentrismo: em um mundo que nos incentiva a sermos o centro de nossas vidas, Jesus declara ser o verdadeiro centro. Ele é suficiente para todas as fases da existência humana, do nascimento à morte, das alegrias às tribulações.
Um dos aspectos mais profundos desses títulos é a vitória de Jesus sobre a morte. Em Apocalipse 1:17-18, ao se revelar a João em glória, o Senhor toca o apóstolo caído como morto e diz: “Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; estive morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre e tenho as chaves da morte e do inferno”. Aqui, “o Primeiro e o Último” é sinônimo de “Alfa e Ômega”, mas aplicado diretamente a Cristo ressurreto. Ele não apenas existia antes da morte; Ele a conquistou. Sua ressurreição prova que Ele é “o Vivente” (Apocalipse 1:18), detentor das chaves do Hades. Para os crentes perseguidos das sete igrejas, isso era um conforto inabalável: o mesmo Jesus que morreu na cruz e venceu o túmulo segura as chaves do destino eterno. A morte, o maior inimigo da humanidade, está sob Seu controle. Como escreveu o apóstolo Paulo, Cristo “aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade” (2 Timóteo 1:10).
Essa vitória se estende ao Seu papel como Juiz Supremo e Rei eterno. Como “o Último”, Jesus supervisiona o fim da história. Ele julgará as nações com justiça, com a espada de dois gumes que sai de Sua boca (Apocalipse 1:16; 19:15), simbolizando Sua palavra poderosa e infalível. No final dos tempos, tudo culminará nEle: “Eis que venho sem demora! […] Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último” (Apocalipse 22:12-13). Ele não é apenas o início da criação; Ele é o consumador da redenção. Hebreus 12:2 O chama de “autor e consumador da fé”. Em um mundo caótico, marcado por incertezas e sofrimentos, saber que Jesus segura a história em Suas mãos traz paz profunda. Ele estava presente na criação (Gênesis 1:1, com João 1:1-3), caminha conosco no presente e garantirá o futuro glorioso dos redimidos.
Para os crentes, esses títulos oferecem conforto e segurança inigualáveis. Porque Jesus é o Primeiro e o Último, não precisamos temer as fases da vida – juventude, maturidade, envelhecimento ou morte. Ele está conosco do começo ao fim. Nas cartas às igrejas, especialmente à de Esmirna, perseguida e pobre, Jesus se apresenta como “o Primeiro e o Último, que esteve morto e tornou a viver” (Apocalipse 2:8), encorajando-os a serem fiéis até a morte para receberem a coroa da vida (2:10). Hoje, em meio a provações, ansiedades ou perdas, podemos descansar na presença constante de Cristo. Ele não nos abandona no meio do caminho; Ele é o autor e o consumador. Sua suficiência nos liberta do medo: “Não temas”, diz Ele, tocando-nos como tocou João.
Finalmente, essa revelação nos chama à adoração e a uma vida cristocêntrica. Jesus não é apenas o Salvador que nos beneficia; Ele é o Senhor digno de toda glória por quem Ele é. Colocar qualquer coisa – carreira, relacionamentos, prazeres – no centro da vida é idolatria. Mas quando O reconhecemos como o Alfa e o Ômega, nossa existência ganha propósito eterno. Ele é a razão de ser da criação, da redenção e da consumação. Adorá-Lo significa render tudo a Ele, vivendo não para nós mesmos, mas para Aquele que é o Princípio e o Fim.
Em resumo, os títulos “Alfa e Ômega” e “Primeiro e Último” proclamam a divindade plena de Jesus: Ele é Deus eterno, Criador, Conquistador da morte, Juiz e Rei. Eles nos asseguram que, em Suas mãos, estamos seguros do início ao fim. Que essa verdade nos leve a uma fé inabalável, a um temor reverente e a uma adoração profunda. Pois nEle, e somente nEle, encontramos o sentido completo da vida. “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças” (Apocalipse 5:12).
Glória a Jesus. Amém.

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