O AMOR VIROU PIZZA?!!!
O amor está se
esvaecendo, está paulatinamente e rapidamente perdendo força. Está ficando
démodé. Está sendo substituído pelo consumismo e pelo imediatismo, ou seja,
pelo egoísmo, como disse o Senhor Jesus: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o
amor de muitos esfriará”.Mateus 24.12
Numa comparação podemos
dizer que o amor está virando pizza. Podemos dizer que alguém gosta de pizza,
mas também gosta e talvez mais de doce de leite em calda, ou qualquer outra
iguaria. Assim, no mundo relativista de hoje, as pessoas têm um amor
fragmentado, dividido entre a pessoa amada e outros interesses que considera
iguais ou superiores ao amor. Pode ser a profissão, a carreira, o sucesso, o
dinheiro, ou mesmo, outra pessoa.
Não há mais, ou há
muito pouco, aquele amor incondicional, altruísta, até que a morte nos separe
de Romeu e Julieta. O amor hoje não resiste ao menor abalo. Parece que não
existe mais o amor na alegria ou na tristeza, na riqueza ou na pobreza, na
saúde ou na doença; enfim o amor não resiste nem a um resfriado ou nem à mais
leve brisa, quanto mais à tempestade. Dizem que “o amor está no ar”, mas parece mais apropriado dizer que o
amor está indo pro espaço. Predomina o amor de interesse.
Nesse amor de pizza,
alguém já disse que quando dizemos “Eu te amo”, não significa que a pessoa
amada também quando diz que nos ama, está dizendo a mesma coisa que nós.
Existem níveis de amor. O verdadeiro amor anda tão em baixa que alguém já disse
“Eu me amo, mas não sou correspondido”, ou seja, em questões de amor não dá
para confiar nem em si mesmo. Não estou
falando aqui somente do amor que um homem e uma mulher possam sentir um pelo
outro, mas também do amor em todos os sentidos, ou seja, fraternal, paternal e
maternal e o amor ao próximo.
O amor está se
esfriando como uma pizza atrasada. Como uma pizza, na superfície é macio, fofo,
gostoso, mas na base está seco e duro. Está sem tempero, ou tem tempero em
excesso, ou seja, está destemperado, podendo ser sem graça ou apimentado
demais. Por tudo isso, as pessoas estão com medo de amar, estão procurando um amor com medo de encontrar. Estão com medo de se
entregar. Pelas decepções, estão preferindo fazer dieta de amor, preferem o
amor ocasional, amor de final de semana, o ficar, para não correrem riscos de
comerem pizzas demais e maltratarem o coração.
Vinicius de Morais, no
“soneto de fidelidade”, disse o seguinte:
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Ou seja, para ele o amor é como uma chama que se apaga logo, e por isso
deve ser intenso porque tem pouca duração. Isso para quem não conhece o amor de
Deus: infinito e eterno.
Se você quer um amor correspondido, paciente, bondoso, não invejoso, sem
vanglória, sem orgulho, sem maltratos, que não procura os interesses próprios,
sem ira fácil, sem rancor, justo, verdadeiro, sofredor, crédulo, com esperança,
que tudo suporta e que seja eterno, como disse o apóstolo Paulo (1º Co 13.4-8); fique tranqüilo, ele existe, seu nome é DEUS.
Ame-o e Ele lhe dará um amor verdadeiro aqui e na eternidade.
Glória a Deus!
Pr Lúcio Barreto (pai)