INVEJOSO, EU?

Cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistir à inveja?        Provérbios 27:4

invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.  Gálatas 5:21

Você já sentiu inveja? Já foi invejado? Isso não é coisa de novela, é mais comum do que se pensa. Pode ocorrer em todos os aspectos da nossa vida.

A inveja é um daqueles sentimentos considerados sete pecados capitais. Um dos grandes problemas dela, é porque é muito sutil. Ela é tão sutil, que as vezes, nós mesmos somos os invejosos e nem damos conta disso. Quase sempre ouvimos alguém dizer: como tem gente invejosa nesse mundo, mas dificilmente, ou raramente, achamos que somos invejosos. Isso acontece, por exemplo, quando conhecemos alguém que, pelo seu sucesso, mesmo que lutemos a vida inteira e nunca  vamos chegar onde ela está. Muitas vezes estamos sendo vítimas de um invejoso sem saber. 

Precisamos, portanto, ficar atentos para aqueles “aparentes” pecadinhos que podem causar imensos danos à nossa vida espiritual e material. A inveja pode minar nossa vida em geral, pode envenenar nossa saúde, nossos relacionamentos, nosso trabalho familiar e pode atingir até a igreja. Pode, na verdade, nos afastar de Deus. É um sentimento de inferioridade e de desgosto diante da felicidade do outro. É um sentimento de cobiça da riqueza, do brilho e da prosperidade alheia

Ela está na origem da humanidade e é a causa da maioria dos males do mundo. Começou quando satanás, por inveja, quis tomar o lugar de Deus, e depois, iludiu Adão e Eva, dizendo que se comessem do fruto proibido seriam iguais a Deus e eles, por inveja, caíram nessa cilada.  Quando lemos as Escrituras, percebemos que ela está presente em vários momentos da vida do povo de Deus, trazendo muitos problemas. A inveja, como a traição, pode vir de quem menos esperamos. Na maioria das vezes, vem de pessoas muito próximas a nós, e é lamentável dizer, parece que ela se manifesta mais é entre os nossos familiares e irmãos da igreja. Só para mostrar como a inveja é recorrente, vamos ver alguns casos, na Bíblia em que ela aconteceu:

Podemos começar, como já citei,  com Satanás e Adão e Eva que quiseram ser igual ou maior que Deus;

Saul, quando viu que as mulheres estavam exaltando mais as vitórias de David nas batalhas do que as dele, encheu-se de inveja e tentou matá-lo por muito tempo;

Daniel foi jogado na cova dos leões por causa da inveja dos Sátrapas que não aceitavam ser supervisionados por um estrangeiro;

Paulo foi vítima de inveja

Dentro do núcleo familiar, destaca-se a inveja entre irmãos:

Caim matou Abel por inveja; 

Os filhos de Jacó, por inveja, maltrataram e venderam seu irmão José como escravo para o Egito;

Arão e Miriam, irmãos de Moisés, tiveram inveja porque Deus só falava com ele. Por essa murmuração, Miriam ficou leprosa e só foi curada depois que Moisés orou por ela a Deus; 

O irmão do filho pródigo ficou indignado com a volta dele para casa;

Foi a inveja que levou Jesus à crucificação.

A inveja é falta  de amor ao próximo, o que é incompatível com a característica do verdadeiro cristão. Quando há inveja do sucesso do nosso semelhante, estamos desejando o fracasso de alguém por quem Jesus morreu. Há cristãos que foram alcançados pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo, e ainda têm inveja da vida do ímpio. Na verdade, quando não estamos plenos do amor ao próximo, passamos a agir como a maioria das pessoas, ou seja, tudo que fazemos é para sermos aceitos, invejados, ou por inveja. O fruto disso é o consumismo exagerado, ou seja o excesso do desejo de ter, ter, ter e não o desejo de ser. É a face oculta da falta de amor. Alguém já disse, o invejoso não quer o que o outro tem. Ele quer que o outro não tenha. Quer ver o fracasso do próximo.

Portanto, condicionamos nossa felicidade na dependência da nossa aceitação do outro. Ou seja, só nos sentimos realizados pelo aplauso do nosso próximo, e não pelo aplauso de Deus. A nossa alegria, ou felicidade, passa a depender, então, do humor do nosso semelhante, que pode ser o chefe, o colega de trabalho, o cônjuge, o pai ou a mãe, ou mesmo, depende do cumprimento ou não do pastor, ou porque não recebemos o reconhecimento devido pelo nosso esforço, etc. 

Com a queda no paraíso, passamos de colaboradores uns com os outros, a competidores invejosos. Assim, fica difícil cumprir o ide de Jesus para ajudarmos os perdidos, pois, na verdade, podemos estar invejando a vida que eles levam. Essa é uma poderosa arma de satanás para minar nossas forças, pois, a inveja se volta contra o invejoso que fica se remoendo de inveja pelas aparentes vitórias não alcançadas: “O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão dos ossos.”Provérbios 14:30

CONCLUSÃO

* podemos ser  competitivos, mas sem praticar a competição predatória;

O parâmetro deve ser a superação pessoal: competir consigo mesmo e não com o outro;  

Ter comprometimento com o trabalho, lembrando que o verdadeiro sucesso acontece quando é bênção  para a comunidade, para a sociedade em geral; 

Orar para que Deus quebrante o nosso coração, ou o coração de quem nos inveja e derrame em nós o amor ao próximo;

Devemos examinar nosso coração com honestidade, e estar disposto ao arrependimento, e buscar o perdão e a restauração;.

A inveja de Adão e Eva levou à queda, mas  a inveja contra Jesus levou à redenção do ser humano. Glória ao nosso Deus que é especialista em transformar maldição em bênção.

Obrigado Senhor! 

POR QUE HÁ NECESSIDADE DE INTERCESSÃO?

Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?    Romanos 10:14

Quando examinamos as Escrituras Sagradas vemos que Deus dá muita atenção às intercessões. Há muitos casos de intercessores agindo em favor de pessoas e sendo atendidos por Deus.

Durante algum tempo eu me perguntei, e acredito que muitos irmãos também, porque Deus necessita de intercessores para agir em favor de uma pessoa que está passando por tribulação. 

Podemos citar, como exemplo, a intercessão de Jó por seus amigos que haviam ofendido a Deus com suas palavras, e o Senhor disse que eles pedissem a Jó que orasse por eles, pois dele aceitaria a intercessão: “Tomai, pois, sete novilhos e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós. O meu servo Jó orará por vós; porque dele aceitarei a intercessão, para que eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque vós não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó.”  Jó 42:8

Um dos grandes motivos porque devemos interceder, é que Deus, por causa do justo, pode livrar os perdidos. É o que Deus disse a Abraão, quando estava para destruir Sodoma e Gomorra. Ou seja, se nessas cidades houvesse pelo menos dez justos, o Senhor não as destruiria. É importante lembrar-nos, portanto, que até o ímpio pode ser abençoado por causa do cristão. Você pode ser bênção para sua família, para os colegas de trabalho, para a igreja, enfim para a sociedade. Pode estar em suas mãos o alívio para o oprimido, pois “…a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tiago 5:16 AR

Outro aspecto importante é que a fé,  do intercessor  em Deus, pode levar o Senhor a abençoar o pecador. A Bíblia relata a passagem em que quatro pessoas sobem no teto de uma casa e descem o amigo paralítico até onde Jesus estava para que o Senhor o curasse: “Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: Filho, os seus pecados estão perdoados”.”Marcos 2:5 NVI. Diante disso, Jesus ressaltou primeiro a fé dos amigos e, então, curou o paralítico. Fica aqui evidente a importância da fé do intercessor de que Deus pode e agirá em favor do necessitado. Jesus, também identificou que o enfermo era um pecador, pois disse: “seus pecados estão perdoados”. Esse é mais um dos aspectos da importância da intercessão, ou seja, pode ser que a pessoa por quem estamos intercedendo, esteja com tantos problemas, por tanto tempo, que tenha perdido a fé. Ou, quem sabe, seus pecados o afastaram de Deus. 

Outro aspecto importante, falando de intercessão, foi a atitude deles agirem, e não ficarem só no ora pois, ou, quem sabe, apenas orando. Portanto, quando estivermos intercedendo por alguém, ou por uma causa, desde que possível, tomemos alguma atitude em favor daquela causa. Outra passagem que deixa evidente a importância da fé aliada a ação , foi quando Pedro e João estavam chegando no templo e depararam com um homem paralítico, e Pedro disse a ele que levantasse e andasse, em nome de Jesus. Imediatamente, Pedro age, dando-lhe a mão e puxando-o, e ele de um salto colocou-se de pé e começou a andar (At 3.6-7).

Portanto, é importante lembrar outro aspecto da intercessão é que Deus, mesmo sendo soberano, busca mostrar para nós e para o mundo espiritual que ele é justo. Não age por parcialidade. Deus zela pelo seu bom nome. Ele sabe que todos os seres estão vendo se Ele está favorecendo um culpado. Veja que Ele provou para satanás que Jó merecia os favores que estava recebendo. Assim o Senhor disse aos amigos de Jó, que pedissem a Jó que orasse intercedendo por eles, por terem falado mal do Senhor e, só assim, os perdoaria. Ou seja deviam ter a intercessão de um Justo para serem perdoados. 

Mas, o maior e principal exemplo de intercessão, foi Jesus. E Jesus, quando envia os doze no ide, está comissionando-os como intercessores. Portanto, nós, como igreja de Deus, somos essencialmente intercessores. Satanás pôde trazer muita miséria para o mundo por causa da queda de Adão, mas pela intercessão de Jesus foi restaurada a paz da humanidade com Deus, calando a boca das forças do mal.

Senhor Deus, nada que dissermos poderá representar o que significou a intercessão sacrificial de Jesus por nós.

Obrigado Jesus! Louvado seja o Senhor!

VIDA CRISTÃ

As pessoas, de um modo geral, vivem inseguras quanto ao futuro, como se fossem filhos órfãos desamparados e, por isso, esforçam-se incansavelmente para conquistar vitórias em vários aspectos da vida. Contudo, tendo sucesso ou não, continuam infelizes. E, o pior é que, nesse afã do sucesso, esforçam tanto que acabam negligenciando, a família, o descanso, a saúde…Esquecem-se principalmente de que têm um Deus poderoso que cuida delas. Esquecem-se de que Jesus é o seu “bom pastor”: ““Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem,” João 10:11, 14 NVI

Não quer dizer que não devemos cuidar da nossa vida secular, mas precisamos tomar cuidado para não colocar em primeiro lugar o aspecto material. Sabemos que a nossa principal luta é espiritual “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os Principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Efésios 6:12

Paulo, depois que teve um encontro com Jesus compreendeu isso, ou seja, nossa guerra espiritual, e  as nossas armas são fé, oração, leitura da palavra e muito amor pelos perdidos. Veja o que ele disse sobre essa guerra “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.”  2º Timóteo 4.7-8. Portanto, para temos vitória material espiritual, devemos entender que a principal luta é espiritual.

Ele inicia falando de combate, e isso é uma realidade da vida cristã. Ou seja, é uma vida de luta constante em defesa do evangelho contra as trevas. Ele destaca que é uma corrida, que há urgência para salvar almas. Devemos agir como Davi, quando foi lutar com Golias. Davi, assim que viu Golias, correu em direção ao inimigo e isso pode tê-lo surpreendido. 

Paulo fala que guardou a fé. A fé é o combustível que deve nos mover para a ação, pois se somos confiantes no amor e proteção do nosso poderoso pai e sabemos da situação terrível que aguarda o perdido, nos movemos com pressa para procurar salvar nossos entes queridos, nossos amigos e todos que tivermos oportunidade. Esse é um dos principais objetivos da vida cristã, ou seja, levar o amor de Deus ao próximo, visando sua salvação.

Nós precisamos persistir em fazer o bem sem desanimar. Quando olhamos a vida de alguns heróis bíblicos, vemos que começaram e foram bem durante, praticamente, a vida toda, mas não terminaram tão bem. Salomão, durante a maior parte de sua vida andou nos caminhos do Senhor, mas no final envolveu-se com mulheres pagãs e acabou afastando-se de Deus. Moisés também lutou muito para levar os israelitas para a terra prometida, mas acabou ele mesmo não entrando, como desejava, por ter desobedecido a Deus. 

Assim como temos que persistir na nossa fé até o último dia de nossa vida, precisamos combater diariamente por Jesus. Enquanto estamos aqui, dependendo da situação pela qual estamos passando e do momento, somos chamados de pai ou mãe, de filho, de freguês, de vendedor, de passageiro, de motorista, etc., ou seja, a sociedade nos vê com olhares diferentes nesses aspectos citados. Mas ela deve nos ver, ou precisamos mostrar para as pessoas que somos cristãos nas vinte e quatro horas do dia, independente do momento. 

Precisamos, portanto, vigiar constantemente para não darmos mau testemunho, pois nossas atitudes são verdadeiras pregações. Não me lembro de quem é a frase: “Pregue todo o tempo. Se preciso use palavras”. É claro que há um pouco de exagero, porque devemos sempre estar aptos a falar a Palavra de Deus. 

Como já disse alguém, nós, os Cristãos somos a única Bíblia que o não crente lê. A declaração de Mahatma Gandhi, 'Eu amo seu Cristo, mas odeio seus cristãos; eles são tão diferentes dEle', mostra a distância entre o que os cristãos acreditam e o que a maioria deles faz. Ser Cristão é sempre perguntar: Em meu lugar, o que faria Jesus? Ou então, perguntarmos: Jesus faria como eu fiz?

Que o Senhor nos ajude, através do teu Santo Espírito, para que possamos sempre ser bom exemplo, e assim quando chegar a luz no céu possamos encontrar muitas pessoas que se espelharão em nós.

Em nome de Jesus!

Amém!

EM TUDO DAI GRAÇAS

Alegrem-se sempre. Orem continuamente. Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. (1 Tes 5:16-18 NVI)

Essa é uma das passagens da Bíblia que causa bastante perplexidade em alguns cristãos. Eles se perguntam como agradecer por estar passando, ou ter passado por grandes tribulações? Muitos chegam a pensar, ou mesmo dizer, que não adianta ser crente, ter fé.

Deus não deseja que sejamos masoquistas, mas que confiemos nele, pois nos ama como filhos, e quer nos ver bem. Só que, às vezes, achamos que Ele é radical e nos deixa passar por situações difíceis. Mas a verdade é que o Senhor tem uma visão cósmica, pois vê e sabe de coisas que nem imaginamos. Portanto, sempre que estiver passando por situações que lhe pareçam incompreensíveis, lembre-se dos versículos a seguir, confie e descanse no Senhor. Ele sabe o que está fazendo. É o melhor: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.” Isaías 55:8-9.

Quando Deus nos diz para “darmos graças em tudo”,  está desejando que estejamos em paz , confiantes e alegres. O Senhor, como nosso pai terreno, quer nos ver felizes, só que, como já disse, às vezes não entendemos o Seu agir. São muitos versículos, principalmente nos Salmos, que nos exortam à alegria: “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração. Salmos 32:11. Só nesse pequeno versículos temos “Alegrai-vos…regozijai-vos…exultai”. Quando devemos agir assim, com alegria? Constantemente. No versículo inicial o Senhor adverte que devemos praticar três coisas constantemente, pois é o que deseja para nós: 

Alegrem-se sempre. Orem continuamente. Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. (1 Tes 5:16-18 NVI)

No entanto, muitas vezes sofremos achando que Deus nos abandonou, mas Ele está nos dando livramento, porque se Ele atender determinado  problema nosso, pode estar abrindo porta para um problema maior ainda. Gosto de lembrar o que aconteceu depois da queda das torres gêmeas, no onze de setembro, nos Estados Unidos. Passado algum tempo, um jornal pediu aos leitores que deveriam estar nas torres na hora da queda que escrevessem porque não estavam lá? Um disse que o elevador do prédio veio lotado e ele atrasou; outro disse que comprou um sapato novo que estava machucando o seu pé, levando-o a atrasar e ainda passou na farmácia para comprar band-aid; outro disse que o trânsito estava parado (fico imaginando ele dentro do carro repreendendo o tranca rua, sem saber que essa tribulação estava salvando sua vida). Foram muitas outras alegações de tribulações que, se não tivessem acontecido, poderiam ter levado muitas pessoas mais à morte.

Vejamos como dois destacados Cristãos reagiram à situações difíceis que passaram. O primeiro é o apóstolo Paulo, que sabemos viveu intensas tribulações. Diante disso veja o que ele disse: “Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade.” Filip 4:12 NVI. Note-se que ele disse que “APRENDI O SEGREDO DE VIVER CONTENTE”, portanto, podemos, como Paulo, aprender a alegria e esquecer a murmuração. O segundo personagem que lançou uma importante luz sobre essa questão é Rick Warren, importante pastor americano, consultor de presidentes americanos e autor do  best seller “UMA VIDA COM PROPÓSITOS”. A revista ULTIMATO assim se referiu a ele e sobre esse livro:“Líder internacionalmente conhecido, pastor da Igreja de Saddleback, Califórnia, e autor de “Uma Vida com Propósitos” livro cristão mais vendido da história e o segundo livro mais traduzido no mundo, depois da Bíblia”. Contudo, ele tinha um filho que sofria de depressão e doença mental desde criança e, agora adulto, acabou suicidando. Nessas circunstâncias, um repórter perguntou ao pastor: E agora, o que o senhor diz sobre a passagem das Escrituras que diz “que devemos dar graças em tudo”? Ele respondeu que a Bíblia diz que devemos dar graças EM TUDO, e não que devemos dar graças POR TUDO, o que é muito diferente. Devemos, portanto, dar graças mesmo estando em meio à tribulação, pois sabemos que Deus está conosco, o que é diferente de dar graças pela tribulação. 

Concluindo, Senhor somos gratos pelo infinito e amoroso cuidado conosco sempre. 

Obrigado pai.

DEVEMOS CONSTRUIR MUROS, OU SÓ PONTES?

A igreja vive um dilema, pois precisa conquistar o mundo, cumprir o ide de Jesus, mas, ao mesmo tempo, necessita se afastar do mundo. Ela precisa ir ao mundo e, ao mesmo tempo, não se deixar contaminar pelo mundo. Deve construir pontes, mas também construir muros. Ela deve atrair aqueles que provavelmente estão querendo se aproximar de Jesus e se proteger e ao rebanho contra o ímpio convicto, inimigo de Deus, e também se resguardar dos “lobos com pele de cordeiro”. 

Portanto deve construir pontes e muros, sendo que estes, os muros, devem ter portas e colocar nelas atalaias, cheios do Espírito Santo, capazes de identificar a aproximação dos lobos. Essas pontes podemos chamar de amor pelos perdidos e os muros são o zelo pela palavra de Deus e o cuidado com a família da fé. 

Deus sempre procurou preservar o povo judeu da contaminação com o mundo. E um dos muros que Ele levantou foi exigir dos Israelitas, quando voltaram do exílio, que não casassem com habitantes da terra, pois eram idólatras, e Esdras, zeloso com as coisas de Deus, soube que havia muitos Israelitas que desobedeceram essa ordem de Deus; e tomou uma atitude de revolta: “Quando ouvi isso, rasguei a minha túnica e o meu manto, arranquei os cabelos da cabeça e da barba e me sentei estarrecido!” Esdras 9:3 NVI

Podemos nos lembrar também que, Neemias, quando soube que o muro de Jerusalém foi derrubado e o povo passava por grande sofrimento e humilhação, não mediu esforços para reconstruí-lo (Neem 1.3). Sem os muros, além dos perigos dos inimigos e de feras, o povo perdera sua identidade, pois entrava e saia quem quisesse. O mesmo pode se dizer sobre uma igreja que só tem pontes ligando-a ao mundo e cujos muros da ética Bíblica estão caídos, certamente estão passando por sofrimento e humilhação e chegam a perder sua identidade com Cristo, se conformando com o mundo: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:2

Alguns inimigos, vindos do mundo, se levantaram com calúnias e ameaças para impedirem a reconstrução do muro que Neemias estava fazendo. Da mesma maneira, o mundo agora quer que a igreja se adapte a sua cultura e derrube os muros das verdades dos evangelhos. Eles fazem isso através do globalismo e do relativismo que diz que não existe verdade absoluta, e que cada um tem sua verdade particular. Jesus disse para irmos ao mundo, e não para trazermos o mundo para dentro da igreja, ou para nossas vidas. 

Os Israelitas, quando saíram do Egito, trouxeram com eles alguns estrangeiros que não eram do povo de Deus, e eles começaram a reclamar e levaram o povo de Deus a murmurar. Isso nos alerta para o cuidado ao se associar com o mundo, casamentos com não crentes, etc. 

Precisamos nos lembrar que atualmente o Estado de Israel, depois que construiu um muro na divisa com a Palestina, diminuiu muito as ações terroristas. Devemos lembrar, também, que a Nova Jerusalém terá muros cuja base será de pedras preciosas.

O amor aos perdidos é uma ponte que aproxima a igreja dos não salvos. Porém esse mesmo amor não pode ser um muro para impedir que as verdades sejam ditas àqueles que estão a caminho da perdição. Também, esse mesmo amor, não pode ser usado para permitir que as verdades sejam negociadas no sentido de adaptar a cultura do Reino de Deus à cultura do mundo. 

A igreja não pode se isolar do mundo, pois é lá que está o campo de missões. Foi o que Jesus fez. Ele se deixava aproximar dos pecadores, mas não compactuava dos seus pecados. Ele chegou a ser criticado por isso: 

“E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes.” Mateus 9:10-12. Portanto, nesse sentido, a igreja, diga-se nós, precisamos nos envolver com o mundo, mas não podemos deixar o mundo nos envolver.

Portanto, que o Espírito de Jesus nos ajude para sabermos a hora de construir pontes, estender a mão, ou construir muros com portas, e a hora certa de abri-las.

Amém! Glória a Deus!