APRENDENDO COM O APÓSTOLO PROFESSOR PAULO

O apóstolo Paulo foi um Professor por excelência no esforço de cumprir o ide determinado por Jesus para fazer discípulos (Mat 28.19). Podemos considerar que foi ele quem iniciou o ensino à distância com as suas cartas às igrejas orientando os irmãos como deviam se comportar na caminhada com Jesus. Seus ensinos ultrapassaram o tempo e continuam atuais até hoje. Precisamos aprender com Paulo como fazer discípulos com eficiência e eficácia, quer seja no nosso lar, no nosso trabalho e na sociedade como um todo. Essa é uma missão dada por Jesus a todo Cristão, e devemos cumpri-la também para que tenhamos uma vida de paz com nossos semelhantes que aprendendo mais da palavra do Senhor trarão menos problemas para todos.

 

Uma das causas de sucesso de Paulo é o fato dele acreditar no que pregava, ou seja, vivia o que pregava. Se queremos que as pessoas realmente desejem seguir a Cristo, é necessário que elas vejam que nós acreditamos e vivemos o que pregamos. Especialmente quando se trata dos nossos familiares, filhos, cônjuges, etc. Aliás, só o fato de uma pessoa ser realmente  de Deus, já faz parte do ide e, consequentemente, pode levar outros a fazer o mesmo.

Precisamos aprender com o apóstolo professor Paulo como cumprir nossa missão com sucesso. Vejamos alguns aspectos do seu ministério que podem servir de exemplo para nós: 

CAPACITAÇÃO E ZELO POR DEUS: PAULO além de CULTO, procurou conhecer a Palavra de Deus: ““Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade. Fui instruído rigorosamente por Gamaliel na lei de nossos antepassados, sendo tão zeloso por Deus quanto qualquer de vocês hoje.”Atos 22:3 NVI. 

Quando estudamos a vida dele podemos ver que seus ‘alunos`não eram brincadeira. Paulo sofreu toda sorte de ataques (bullyng) tanto verbais como físicos. Mas, ele não desistia porque tinha convicção. 

Esse bullyng verbal consistia em xingamentos e zombarias: diziam que ele era uma peste, que estava louco e delirava, por inveja contradiziam-no.

Agrediam-no fisicamente: rasgaram-lhe suas vestes, açoitaram-no mais de uma vez, apedrejaram-no e o arrastaram para fora da cidade achando que estava morto, estapearam-no na boca, quarenta Judeus, conterrâneos de Paulo, juraram não comer nem beber enquanto não o  matassem.

Outro aspecto do ministério de Paulo que devemos assimilar é que ele não só instruia sobre falhas, mas reconhecia os valores positivos das igrejas. Ele, geralmente, inicia suas cartas elogiando as virtudes das igreja, só depois que ele alertava para as falhas, ou seja, da necessidade de corrigir rotas. Jesus também, no livro de apocalipse, nas cartas às sete igrejas da Ásia, inicia elogiando os pontos positivos daquelas que os tinha, depois vai mostrando em que precisam melhorar. Assim, nós também quando vamos discipular ou evangelizar, precisamos mostrar que as pessoas podem ter pontos positivos, mas que existem questões fundamentais da fé cristã que são fundamentais, como a fé em Jesus e o amor a Deus e ao próximo. Só para exemplificar o que estamos dizendo, veja como Paulo se dirige aos Coríntios: “Sempre dou graças a meu Deus por vocês, por causa da graça que dele receberam em Cristo Jesus. Pois nele vocês foram enriquecidos em tudo, isto é, em toda palavra e em todo conhecimento, porque o testemunho de Cristo foi confirmado entre vocês, de modo que não falta a vocês nenhum dom espiritual, enquanto vocês esperam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado.” 1 Coríntios 1:4-7 NVI. Depois ele vai falar dos aspectos em que precisam melhorar.

Observando a didática de Paulo vemos que ele procurava ter empatia com “seus alunos”. Em 1º a Coríntios 9.19-22, ele fala de algumas atitudes que tomava para se identificar com as pessoas. Ele diz ‘sou livre, não sou escravo de ninguém’, ou seja, abriu mão de receber sustento material ou de privilégios sociais ou eclesiásticos. Ele diz, também, que quando trabalha entre judeus, ou não-judeus, ele ora  vive como se estivesse  debaixo da lei, ora ele ao contrário, vive fora da Lei de Moisés. Contudo, ele afirma que, de fato, está debaixo da lei de Cristo. Ele acrescenta que quando está entre os fracos na fé, ele se faz de fraco, ele se torna fraco para ganhá-los para Cristo. 

Paulo orava, pedia oração e louvava a Deus, independente das circunstâncias: At.16.25-26  E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.  E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.

Finalmente, vemos que Paulo era cheio do Espírito Santo e era orientado por Ele: At.20.23 Senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações.

O apóstolo Paulo agia com ousadia porque ele tinha fé em Cristo. Ele estava convicto da sua salvação e, por amor,  queria o mesmo para o seu próximo. Que o Senhor nosso Deus, na sua infinita misericórdia, nos encha cada vez mais com o Espírito Santo, e, assim, nosso coração pulse cada vez mais de amor por Deus e pelo nosso próximo.

Em nome de Jesus! Amém!

CRISE DE COMUNICAÇÃO 

Um dos aspectos negativos do ser humano, após a queda é a inconstância. A pessoa começa a namorar, fica noivo e se casa. No início, tudo são flores, mas, com o passar do tempo, o relacionamento já não é mais o mesmo. Começam aparecer os espinhos. Surge a indiferença, reclamações, palavras ríspidas, etc. Lamentavelmente, o mesmo acontece na convivência com a igreja e até no relacionamento com Deus.

O número de casamentos infelizes está crescendo, e a quantidade de divórcios reflete isso. Em alguns países pesquisadores indicam que a porcentagem de divórcios entre os que se chamam evangélicos é igual a da população de forma geral. Pode ser que o número daqueles que se divorciam também da igreja pode ser ainda maior.

Na primeira carta aos Coríntios o apóstolo Paulo exalta o amor como pilar básico de qualquer relacionamento: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará.”

1 Coríntios 13:4-8 NV

 Infelizmente, a maioria quer um relacionamento de amor egoísta. Querem ser amados, mas nāo se preocupam, com a reciprocidade. Querem ser amados pelo cônjuge, pela igreja e por Deus, mas não procuram corresponder ao mesmo.

No começo de um relacionamento, as pessoas amam conversar, amam o diálogo. Querem saber tudo um sobre o outro para, principalmente, fazer o que agrada o ser amado. Depois partem para o monólogo, para a ditadura do autoritarismo. Reclamam de quase tudo em casa, na igreja e até de Deus. Daí para partir para a crítica é um pulo. Consequentemente, o divórcio tem se tornado normal, comum na vida das pessoas.

A reclamação e a crítica insistentes sāo, na verdade, murmuração. A murmuração foi a resposta dos israelitas, no deserto, ao amor de Deus demonstrado pelos imensos milagres que fez para libertá-los do Egito. Igualmente, a Igreja e nossos cônjuges, às vezes têm se desdobrado em esforços para nos ajudar a transpor esse deserto que é a nossa jornada para o paraíso, e o que recebem, muitas vezes, é a murmuração.

Uma coisa que mina um relacionamento não é só o que falamos, mas como falamos. Dizem que na comunicação as palavras, ou seja o que dizemos, corresponde a 7%;  já o tom de voz envolve 38% e às expressões faciais e movimentos do corpo participam com 55%. Portanto, precisamos tomar cuidado para não projetarmos  nos outros as nossas frustrações. Uma pessoa alegre pode contagiar as outras pessoas, assim como uma pessoa amargurada contagia todo o ambiente, pois ela só vê os problemas, os defeitos. 

Paulo em sua carta aos Romanos adverte que devemos nos livrar de nossas negativas emoções interiores: “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.” Efésios 4:31 NVI. Ele acrescenta, no verso trinta e dois, que devemos perdoar, assim como Deus nos perdoou. 

Quanto ao tom de voz citado, devemos querer incessantemente aprender a dialogar com amor. Precisamos buscar sempre a solução do problema e não tentar apontar culpados. Que nossas interferências sejam sempre em amor, não em vingança, inveja, etc: 

“Amem uns aos outros com amor fraternal. Quanto à honra, deem sempre preferência aos outros.”  Ro 12:10 NAA

Devemos evitar guardar no armário sentimentos negativos contra familiares, irmãos e até, como já disse, contra Deus. Procuremos resolver diariamente todos os nossos conflitos externos e mesmo os internos: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.” Efésios 4:26 ARC

O antídoto para essa crise de comunicação, apesar de dizerem que vivemos a era da comunicação, é o amor, amor a Deus e ao próximo, como dizem os versículos a seguir: ““Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” Respondeu Jesus: “ ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’.” Mateus 22:36-39 NVI

O livro de Malaquias diz que “…o senhor é  testemunha entre você e a mulher da sua mocidade…”. Portanto, que Deus não seja testemunha só no dia da realização das núpcias ou do nosso batismo na igreja de Cristo. Não podemos esquecer o Senhor no altar nos dois casos citados. Devemos convidá-lo também para continuar conosco em nossas casas, para que Ele continue testemunhando e ajudando diariamente nosso casamento e nossa relação com a noiva de Cristo, a igreja. 

Senhor, tenha misericórdia de nós. Não nos deixe envolver pelo brilho do mundo. Abra nossos olhos e que nosso coração seja realmente de carne.

Em nome de Jesus!

Amém!

A família sempre foi um projeto de Deus. A palavra família aparece aproximadamente quatrocentas vezes na Bíblia.

O Antigo Testamento focava muito nas famílias. O povo de Deus, as doze tribos de Israel, eram descendentes dos doze filhos de Jacó. Já o Novo Testamento é mais voltado para a Igreja que parece que se funde com a família. Ou seja, a Igreja passa a ser a família de Deus na terra: “Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus,” Efésios 2:19 NVI e também Gálatas 6.10 afirma a mesma coisa: “Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.” Gl 6:10 NVI

Muitos outros versículos usam palavras indicando, de certa maneira, que os cristãos convertidos passam a pertencer à família de Deus. Em mais de uma ocasião, são chamados de ‘filhos de Deus’: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome,” João 1:12 NAA e Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Mt 5.9

O próprio Senhor Jesus associa aquele que faz a vontade do pai com diferentes membros que constituem uma família: “Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe.” Mateus 12:50 ARA

Veja que nessa passagem, e em outras, todos aqueles que aceitaram e seguem Jesus tratam uns aos outros como irmãos. 

A igreja, ainda dentro do conceito de família,  é chamada de noiva de Cristo. Na época de Jesus aqui na terra, a noiva já era considerada como esposa. Comentaristas chegam  a dizer que para desfazer um noivado era como se divorciar. Portanto, veja que Maria é chamada de esposa de José sendo ainda noivos: “Por ser José, seu marido, um homem justo, e não querendo expô-la à desonra pública, pretendia anular o casamento secretamente.” Mateus 1:19 NVI. Portanto, creio que podemos dizer que a palavra Igreja é sinônimo de família.

Por outro lado, lamentavelmente, existem muitas pessoas que estão se afastando da igreja alegando que querem praticar o Cristianismo em casa. São os desigreijados. Talvez porque se decepcionaram porque foram feridos por algum líder ou irmão. Outros se afastam porque são rebeldes e não querem se submeter a qualquer tipo de liderança. Enfim, possivelmente fazem parte desta geração ‘mimimi’ que contesta tudo e todos.

É necessário refletirmos um pouco sobre alguns aspectos dessa situação:

Como uma pessoa que se isola vai exercer o amor ao próximo; Como vai perdoar, ainda mais que a Bíblia recomenda que devemos amar e perdoar principalmente aqueles que nos ofendem; orar por alguém ou receber oração, saudar, incentivar, admoestar, servir, ensinar, aceitar, honrar, carregar os fardos, submeter uns aos outros, além de muitas outras recomendações da Bíblia sobre o convívio entre irmãos.

Como uma pessoa pode dizer que ama o noivo, Cristo, mas não gosta da noiva, a Igreja;

Como pode amar o cabeça da Igreja e não amar o corpo;

Como pode dizer que não vai à casa do Pai, porque não amo  meus irmãos;

Ainda pode-se observar que em qualquer organização, as pessoas que mais criticam são as que menos fazem. Na verdade é sabido que quem não faz, vira crítico. 

Portanto, quem se afasta da igreja está também se divorciando de Cristo que ama tanto a igreja que comprou-a com o seu próprio sangue (At 20.28). Essa pessoa não precisa também ler a maior parte do novo testamento, porque são cartas endereçadas às igrejas. Na verdade, Deus está constituindo uma família, um lar, aqui na terra, como era o projeto desde o princípio. No entanto, como pode alguém que diz aceitar essa convocação para pertencer a família de Deus, mas que não quer frequentar a casa que é liderada por seu filho Jesus?

A igreja, como embaixada dos céus aqui na terra, defende os interesses daqueles que pertencem à nação celestial. Ela, através da intercessão dos irmãos e dos dons espirituais, ensina, cura os feridos, consola, encoraja, orienta, etc. Tudo feito através do suporte do Senhor Espírito Santo. Ali também aprendemos com as experiências de vitórias e lutas dos irmãos. Portanto, portanto, quando acontece algum acidente com uma pessoa, procura-se imediatamente os seus familiares. Logo, quando passamos por tribulações podemos contar com o apoio de nossa família da fé: “Alegrai-vos com os que se Alegram e chorai com os que choram”. Romanos 12:15

Glória a Deus que, na Sua imensa sabedoria, nos presenteou com essa bênção que é a Igreja de Cristo.

Haleluia! Glória a Deus.