A FORÇA  DA FÉ!


“…diga o fraco: Eu sou forte."JOEL 3:10b

À primeira vista, essa ordem soa como um contrassenso, quase uma negação da realidade. Como alguém que se sente esgotado, doente ou derrotado pode declarar força? A chave está no alicerce dessa declaração: não é um mero exercício de pensamento positivo, mas uma confissão de fé em Deus que transforma fraquezas em fortalezas.  

Veja bem, não se trata da teologia da “ confissão positiva”, ou seja não é o fato de você ter um pensamento positivo que as coisas vão acontecer como você acha que deve, mas trata-se de você confessar a sua fé em Deus. Do mesmo modo, se admitirmos que vamos fracassar, mesmo diante das promessas de Deus através da sua palavra, estamos confessando que não temos fé em Deus, que não confiamos na Sua palavra: a Bíblia. Ao confessarmos a vitória estamos atestando nossa confiança em Deus.


A "confissão positiva" popular prega que palavras e pensamentos, por si só, criam realidades. Mas a fé bíblica é radicalmente diferente. Quando o fraco diz eu sou forte, não está fingindo que a luta não existe – está declarando sua confiança em Alguém maior que a luta. É como um filho que, cercado por perigos, grita: Meu pai é forte! A força não vem dele, mas daquele em quem ele deposita toda a confiança.  

As dificuldades que enfrentamos não são necessariamente sinais de que Deus nos abandonou ou de que nossa fé é insuficiente. Muitas vezes, elas são instrumentos que Deus usa para fortalecer nossa fé, corrigir nosso caráter ou provar nossa fidelidade. É como um atleta que se submete a treinos intensos. O peso na academia não é seu inimigo; é a ferramenta que desenvolverá sua força muscular. A resistência que ele enfrenta é proporcional à força que desenvolverá.

Imagine um homem diagnosticado com uma doença grave. Seu corpo é fraco, sua alma treme. Mas quando ele confessa: "Pelas pisaduras de Jesus, eu fui curado" (Isaías 53:5), não nega os sintomas –eleva seu olhar ao Médico dos médicos. Como um passageiro num avião em turbulência: sua confissão de que  o piloto é capaz não anula o balanço, mas ancorando-se na expertise dele, encontra paz.    

Jesus comparou a fé a um grão de mostarda (Marcos 4:31–32): minúsculo, mas capaz de virar árvore. A confissão de fé é a água que rega essa semente. Quando repetimos as promessas de Deus – "Posso todas as coisas em Cristo" (Filipenses 4:13), "Deus suprirá todas as minhas necessidades" (Filipenses 4:19) – não estamos realizando mágica verbal. Estamos nutrindo nossa alma com a Verdade, até que ela cresça e ofusque os gigantes. Mas estamos  confessando para todas as testemunhas, mesmo espirituais, que acreditamos na vitória em Cristo.

Isaías 53:5 é revolucionário: "Pelas suas pisaduras fomos sarados". Note o verbo no passado – mesmo quando as feridas ainda sangravam! Isso não é delírio; é certeza profética. Isaías via a cura messiânica como um fato consumado na eternidade. Da mesma forma, quando confessamos "fui curado", "sou mais que vencedor, por aquele que me amou" (Romanos 8:37), não afirmamos uma condição física instantânea, mas a realidade espiritual definitiva conquistada na cruz.  

Uma mãe ora pelo filho rebelde. Ele ainda está distante, mas ela declara: "Porém, eu e minha casa serviremos ao Senhor" (Josué 24:15). Ela não fecha os olhos aos problemas – busca aconselhamento, estabelece limites com amor. Mas sua confissão mantém viva a esperança. Anos depois, ao ver o filho reconciliado, ela entende: a semente da Palavra, regada pela confissão fiel, frutificou no tempo de Deus.    

Deus não nos poupa de provações (1 Pedro 1:7). Elas nos refinam, corrigem ou testam nossa fidelidade. Paulo entendeu isso ao clamar por cura e ouvir: "Minha graça te basta, pois o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Coríntios 12:9). Sua confissão não foi "Sou invencível", mas "Quando sou fraco, então sou forte" – porque na dependência total, o poder de Cristo se manifesta.  

Um exemplo que nós temos de confiança em Deus, mesmo que a circunstâncias dissessem ao contrário, foi quando Moisés veio conduzindo o povo de Israel pelo deserto, vindos do Egito, e ele enviou 12 espias para observarem a terra que deveriam conquistar. Desses doze, 10 disseram que era impossível conquistar a terra, por que os muros das cidades eram muito altos e os habitantes gigantes e eles eram como gafanhotos (de tão pequenos) aos olhos deles, mas Josué e Calebe não olharam para a estatura dos habitantes da Terra, eles sabiam era o tamanho e o poder do nosso Deus. Por isso, os dois, foram os únicos que entraram na terra prometida.

"Diga o fraco: Eu sou forte" não é um mantra de autoengano. É um ato de guerra espiritual. Cada confissão alinhada com a Palavra é um golpe no reino das trevas e uma semente de transformação. Quando suas pernas tremem, declare a força d’Aquele que carrega você (Isaías 40:31). Quando o medo atacar, proclame a paz do Príncipe da Paz.  

A verdadeira confissão de fé nos tira da "caixa" da lógica humana e nos coloca na perspectiva celestial. Como Josué e Calebe diante dos gigantes de Canaã (Números 13:30), não negamos os desafios – mas fixamos os olhos no Deus maior. A semente da Palavra, regada pela confissão corajosa, há de romper o solo árido e tornar-se árvore frondosa. Porque, no fim das contas, aquele que diz "eu sou forte nas forças do Senhor” (Efésios 6:10) não está delirando – está profetizando seu futuro em Deus. Pela fé [...] os fracos tornaram-se fortes" (Hebreus 11:33–34). Sua confissão hoje é o primeiro passo nessa transformação eterna.

Portanto, confesse Jesus como seu Senhor e Salvador e você será verdadeiramente um vitorioso em Cristo: “E digo-vos que todo aquele que me Confessar diante dos homens também o Filho do homem o Confessará diante dos anjos de Deus.”Lucas 12:8

Obrigado Jesus, que, para Seus inimigos, parecia fraco e vencido, mas na verdade, a Sua aparente fraqueza representou não só a Sua vitória mas a vitória de todos aqueles que entregam a sua vida a Jesus.

Glória a Deus!

Amém!

Pense nisso

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