QUAL É A APARÊNCIA DO MAL?
Abstende-vos de toda a aparência do mal.
- 1 Tessalonicenses 5:22 (ACF)
O apóstolo Paulo aconselha os Tessalonicenses a fugirem, não só do mal, mas também da aparência do mal. O pecado pode se aprentar cativante e inocente, mas esconde consequências danosas para nossa vida aqui e na etrnidade. Satanás é sagás e tem muitos anos de militância no mal. Veja que o apóstolo diz que devemos fugir de “toda” aparência do mal. Não devemos brincar com fogo. Um pequeno fósforo pode queimar uma floresta ineira.
Uma situação onde, muitas vezes, as pessoas são enredadas é nas conversas com amigos, colegas de trabalho, na internetet, etc. Nos bate papos descontraídos podemos ser enredados, com piadinhas engraçadas e aos poucos vai escalando e apimentando a conversa e a intimidade vai aumentando até desaguar numa cachoeira sem volta. E isso ocorre porque muitas vezes, inicialmente, não queremos desagradar. Afinal que mal há nisso. São apenas momentos de descontração. Não nos esqueçamos de que a boca fala do que o coração está cheio. Não devemos piscar nrm flertar, com o mal. Veja o que aconteceu com a mulher de Ló. Foi dar uma olhadinha no mal e se transformou num estátua de sal (Gen 19:26). Por outro lado vemos José, filho de Jacó, também chamado de José do Egito, que fugiu correndo do mal, quando foi assediado pela mulher de faraó, e o futuro dele aqui na terra foi glorioso. Veja o que diz o Salmo: “Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!” - Salmo 1:1. Não devemos dar trela (tagarelice) para os falastrões.
A verdade é que muitos cristãos acabam brincando com o pecado, subestimando suas consequências e achando que pequenas concessões não causarão grandes danos. Entretanto a aparência do mal pode comprometer nosso testemunho e abrir brechas para que o inimigo tenha acesso à nossa vida. O diabo não age de maneira direta em muitos casos; ele primeiro apresenta algo como inofensivo, como uma distração ou curiosidade, até que o coração seja seduzido e o pecado concretizado.
Quando alguém brinca com o pecado, ele começa a perder a sensibilidade espiritual. O Espírito Santo nos convence do pecado, mas se insistimos em ignorar Suas advertências, corremos o risco de endurecer nosso coração. Hebreus 3:13 nos alerta: “Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.” O pecado engana, e quanto mais nos envolvemos com ele, menos discernimos seus perigos.
Se nos assentarmos e participamos com os zombadores, aqueles que têm a mente corrompida, como fica o Espírito Santo em nós. Veja o que Paulo disse: “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem. Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção.” Efésios 4:29-30. Já imaginou entristecer Deus que está em nós. Esse versículo adverte que ao falarmos devemos “edificar” e “conceder graça” aos que ouvem. De nossa boca deve jorrar bênção e não veneno.
Outro efeito devastador do pecado é a perda do temor do Senhor. A Bíblia diz que “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Provérbios 9:10), mas quem se acostuma a flertar com o pecado acaba justificando suas ações e deixando de temer as consequências. Um coração que já não teme ao Senhor se torna um campo fértil para a rebeldia e o afastamento total da fé.
Algumas atitudes são na verdade leviandades que abrem brecha para atuação de satanás no seio da família. Relacionamentos podem ser destruídos. O pecado não afeta apenas a pessoa que o comete, mas também aqueles ao seu redor. Um caso clássico é o adultério. A princípio, uma pequena troca de mensagens ou um olhar malicioso podem parecer inofensivos, mas quando a pessoa brinca com essa “aparência do mal”, pode acabar caindo em uma traição real, destruindo sua família, magoando cônjuges e filhos e gerando consequências irreparáveis. Não nos enganemos, nós somos conectados com o universo e temos laços fortes com nosso cônjuge em que não tem vez a falsidade, que pode afetar a comunhão familiar. Há uma frase, não sei de quem, que diz a pessoa não deve somente ser honesta, mas deve também parecer honestar. Não dê brecha para o diabo. Quando alguém se coloca em situações que sugerem comprometimento moral — mesmo que a intenção não seja má—, há o risco de enfraquecimento espiritual. Veja que Jesus advertiu para não acalentramos o adultério até no nosso coração (Mat 5:27-28).
Precisamos ficar atentos porque nem sempre podemos controlar as percepções alheias e vigiar é o primeiro passo para agir com sabedoria. Em um mundo hiperconectado, onde cada passo pode ser registrado e julgado, a cautela se torna ainda mais essencial. As redes sociais amplificam a aparência do mal: uma foto mal interpretada ou um comentário ambíguo podem viralizar e causar danos irreparáveis. Nós devemos ser luz, brilhar, influenciar e não ser influenciados pelo ambiente, pelo mundo. A nossa simples presença deve inibir os zombadores, fofoqueiros, escarnecedores ou caluniadores. Em um mundo cheio de sombras, escolher a luz, mesmo nas pequenas coisas, é um ato de coragem e sabedoria que ressoa eternamente.
Que o Senhor Espírito Santo abra nossos olhos, nossos ouvidos e bocas para que possamos discernir as “inocentes” ciladas de satanás e ao mesmo tempo derramar graça por onde quer que andemos.
Em nome de Jesus.
Amém!
COMMENTS