DUAS INSTRUÇÕES DO SERMÃO DA MONTANHA

Deus sempre espera de seus filhos atitudes. Ele procura nos ajudar, mas quer reciprocidade. Ele nos abençoa, cuida de nós, mas espera reações positivas e, na maioria das vezes, o que vivemos é resultado da ação de Deus e dos nossos atos. Nessa importantíssima mensagem, o sermão da montanha, Jesus aborda aspectos práticos da nossa vida. Vamos abordar apenas duas dessas preciosas instruções:

AÇÃO - O Senhor não nos quer estáticos, em estado de letargia. Sempre espera de nós alguma atitude.  Quando disse a Adão que dominasse a terra, era para que Adão interagisse com Ele. Na saída do Egito os israelitas tinham que fazer a parte deles, ou seja, passar o sangue nas ombreiras da porta; Deus abriu o mar mas eles tiveram que marchar, demonstrar que confiavam em Deus, mesmo vendo uma montanha de água detida, falharam quando se negaram a conquistar a terra prometida e sofreram as consequências. São muitos os exemplos, na Bíblia, de Deus convocando o seu povo à ação, pois até para alcançarmos bênçãos a Bíblia nos recomenda “orar sem cessar”.

Vemos, no sermão do monte, Jesus nos chamando a ação. Ele diz que: devemos tirar o cisco do olho do irmão, mas primeiro tire a viga do seu olho (7.5); ‘peçam, busquem e batam’ (7.7); ‘façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam’ (7.12);  ‘Entrem pela porta estreita’ (7.13); ‘mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus’ (7.21)  ‘Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica’ (7.24). Deus ama ver que a Sua obra prima está cumprindo o propósito para a qual foi criada ‘dominar a terra” Gen 1.26-28.

RELACIONAMENTO-O Senhor também quer que seus filhos tenham um bom relacionamento com um verdadeiro amor cristão, ainda mais que naquela época havia muita divisão entre os Israelitas com quatro grupos religiosos: os fariseus, os saduceus, os essênios e os zelotes. Lamentavelmente, ainda hoje, existe muita divisão no meio da igreja. 

Deus quer também que a igreja interaja com a sociedade, dando exemplos, no sentido de transformá-la. Jesus convivia com os incrédulos do seu tempo, pois, como Ele mesmo disse, “são os enfermos é que precisam de médico”. Portanto, nesse sermão no livro de Mateus, o Senhor Jesus aborda alguns aspectos sobre como nos relacionar, e nos convoca a sermos: mansos, humildes (5.5); justos (5.6,20); misericordiosos (5.7); puros de coração, sem malícia (5.8); pacificadores ( 5.9, 25); exemplo para o mundo (5.16); não adúlteros (5.28); verdadeiros, “sim, sim, não, não” (5.37,44); não vingativos (5.38-39); caridosos (5.42); não vaidosos (6.1-10); perdoadores (6.15); não gananciosos (6.19-20); julgar com temor e justiça (7.1-6).

Finalmente “Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei”. Mateus 7:28-29. As multidões ficaram maravilhadas porque os mestres da lei citavam as tradições orais ou outros rabinos nos seus ensinos, enquanto Jesus falava com autoridade própria, autoridade divina. Ele falava como um juiz proferindo uma sentença. Tanto assim que finaliza Sua pregação advertindo, com autoridade, que devemos por em prática suas mensagens para evitarmos consequências desastrosas: “Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia”.      Mateus 7:26

Que o Senhor nos ajude para que busquemos sempre fazer a vontade do Pai e para que tenhamos um relacionamento de qualidade, de amor cristão, com nossos semelhantes. 
Em nome de Jesus!