OUÇA A VOZ DE JESUS E SAIA DO TÚMULO
A mensagem das irmãs de Betânia ecoa através dos séculos, atingindo o coração de cada um de nós em nossos momentos mais sombrios: “Senhor, aquele a quem amas está doente” (João 11:3). É um grito simples, carregado de confiança e um apelo silencioso. Elas sabiam do amor de Jesus por Lázaro. Tinham fé suficiente para enviar o recado, acreditando que Ele poderia fazer algo. Contudo, como tantos de nós, sua fé estava confinada aos limites da lógica humana e da urgência imediata.
A resposta de Jesus, registrada no versículo 4, é um farol de luz que muitas vezes não conseguimos enxergar em meio à tempestade: “Essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela.” Palavras que, naquele momento, devem ter soado enigmáticas, até frustrantes. Lázaro morreu. A doença, aparentemente, sim acabou em morte. O sepulcro foi fechado. O lamento encheu a casa. O cheiro da morte, literalmente, pairava no ar quatro dias depois (João 11:39). O que parecia um fracasso, um abandono, um silêncio divino insuportável?
Aqui reside o primeiro grande ensinamento para as nossas "mortes": A aparente demora de Deus não é negligência, negação do Seu amor ou do Seu poder, mas a preparação do cenário para uma glória maior. Quantas vezes clamamos ao Senhor por uma situação que amamos – um relacionamento, uma saúde, um sonho, uma esperança – e, ao invés da intervenção imediata, encontramos silêncio? O problema não só persiste como parece piorar, definhar, "morrer". A tentação é a mesma de Marta e Maria: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (João 11:21, 32). Nossa visão natural, limitada ao "aqui e agora", só enxerga o túmulo selado. Concluímos que Jesus "chegou tarde", que a oportunidade passou, que não há mais solução.
Mas Deus está escrevendo uma história maior do que nossa compreensão presente pode abarcar. A ressurreição de Lázaro não seria apenas a cura de um homem doente; seria um sinal inegável do poder do Filho de Deus sobre a própria morte, um prenúncio da Sua própria ressurreição, uma manifestação de glória que ecoaria por toda a eternidade. O que precisa de ressurreição na sua vida?
- Um relacionamento destruído? Parece morto, sem comunicação, apenas mágoas e ressentimentos como lápide. A reconciliação humana parece impossível.
- Uma saúde debilitada? O diagnóstico é grave, os tratamentos falham, a força se esvai. A esperança de cura natural definha.
- Um sonho profissional ou ministerial? As portas se fecharam, os recursos secaram, o entusiasmo morreu. O plano parece enterrado.
- Uma esperança espiritual? A oração parece cair no vazio, a fé esmorece, a certeza da presença de Deus se dissipa. A chama quase se apaga.
- A alegria e a paz interior? Sucumbiram sob o peso da ansiedade, da depressão, das circunstâncias esmagadoras. Só resta um vazio seco.
E aqui está o segundo tesouro precioso desta narrativa: O amor compassivo de Jesus que chora conosco (João 11:35). Jesus sabia o que iria fazer. Sabia que Lázaro ressuscitaria em instantes. Sabia que a dor delas seria transformada em júbilo. Mesmo assim, Ele chorou. Ele se comoveu profundamente com a dor humana, com o luto, com a sensação de perda irreparável. Ele se comoveu ao ver o que satanás fez com onser humano, inicialmente, que era para ser imortal, agora morto. Ele não minimiza nossa dor, não nos diz "pare de chorar, logo você entenderá". Ele entra na nossa tristeza, sente a nossa angústia, compartilha das nossas lágrimas. Isso não é um Deus distante e impassível; é o Emanuel, Deus conosco, que carrega nossas dores e nossas enfermidades (Isaías 53:4).
A ressurreição só vem quando confrontamos a realidade da morte e ouvimos e obedecemos a ordem de fé: “Tirai a pedra” (João 11:39). Para Marta, remover a pedra parecia absurdo, contraproducente. Mas era um ato de obediência, um passo de fé que abria caminho para o milagre. Deus frequentemente nos chama a remover as "pedras" do nosso ceticismo, do nosso ressentimento, do nosso controle, da nossa autossuficiência. Ele nos chama a reconhecer a morte da situação, não para nos afundarmos nela, mas para liberar espaço para a Sua voz poderosa. Saia da caverna da desesperança! Venha para a luz!
Então, vem a ordem que vence a morte: Lázaro, vem para fora!” (João 11:43). Saia da caverna da desesperança! Venha para a luz!A mesma voz que criou os mundos (João 1:3), que acalmou a tempestade (Marcos 4:39), que expulsou demônios (Marcos 5:8), confronta a última inimiga, a morte ecoa até hoje e confronta a realidade final da biologia humana. E a vida obedece. A morte recua. O impossível acontece.
Confie no Amor, Mesmo no Silêncio. As irmãs enviaram o recado porque confiavam no amor de Jesus, mesmo sem entender Sua demora. Apeguemo-nos ao Seu amor incondicional (Romanos 8:38-39). Seu amor é a âncora quando o barco parece naufragar.
Creia no Poder do Jesus Presente: Não limite Deus ao passado ou ao futuro. Ele é o "EU SOU" (João 8:58). Jesus não é EU FUI, OU EU SEREI. Ele É. Tem poder agora, nesta situação que parece sem saída. A ressurreição não é apenas uma doutrina futura; é um poder disponível para trazer vida onde só vemos morte “hoje”. Ele compartilha seu sofrimento e oferece conforto (Salmo 34:18).
Obedeça ao "Tirai a Pedra": Qual é a "pedra" que Deus está pedindo que você remova? É o perdão não concedido? O orgulho? A autopiedade? O medo de tentar novamente? A obediência em fé abre o caminho para o milagre.
Esteja Preparado para a Ressurreição: Quando Jesus age, Ele age de forma completa e gloriosa. Lázaro saiu vivo, mas ainda enfaixado. Jesus ordenou: “Desatai-o e deixai-o ir” (João 11:44). A ressurreição divina nos liberta, mas muitas vezes precisamos de ajuda dos irmãos em Cristo (os "desatai-o") para experimentar plenamente a liberdade da nova vida. Esteja livre para nos livrarmos das ataduras do passado e caminharmos em novidade. (Romanos 6:4).
Aos que olham para uma tumba selada em sua vida, que sentem o cheiro da morte e da derrota, a história de Lázaro é um estrondoso clamor de esperança: Nada, absolutamente nada, está além do alcance do poder ressuscitador de Jesus Cristo. Nem a doença mais grave, nem o relacionamento mais destruído, nem o sonho mais esfacelado, nem a fé mais abalada. A demora não é negação. O silêncio não é ausência. As lágrimas divinas provam Sua compaixão profunda. E quando tudo parece perdido, a voz do Filho de Deus pode ecoar com autoridade criadora: “Vem para fora!”. Descanse seu coração agitado. Creia nAquele que tem todo o poder. Ele vê sua "doença", Ele ouviu seu clamor, Ele conhece sua dor. E Ele está trabalhando, mesmo no silêncio, para trazer glória a Deus e vida abundante a você, de uma forma que você ainda não pode imaginar. A ressurreição está a caminho. Creia.
Entregue sua jornada a Jesus e Ele o guiará para um descanso maravilhoso, inimaginável, a verdadeira Vida.(Marcos 16.16). Ele sabe o camino. ELE É O CAMINHO. ( João 14:6).
Glória a Deus! Amém !