DIGA COM QUEM TU ANDAS, E DIREI QUEM TU ÉS Algumas pessoas pensam que essa frase acima está na Bíblia, mas não está é um ditado popular, contudo ela constata uma realidade que é confirmada, mesmo que não seja com essas palavras, por determinados versículos das Sagradas Escrituras. Uma dessas passagens é o salmo a seguir: O Salmo 1:1, na tradução da Bíblia, diz: "Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.". Esse versículo estabelece uma importante lição sobre a felicidade destacando que ela pode ser alcançada quando nos desviamos dos caminhos dos ímpios, pecadores e escarnecedores. 


 A verdade é que muitas pessoas, mesmo cristãs, seguem o conselho de alguém que mal conhecem, ou mesmo, de alguém que não se preocupa com os princípios cristãos e, com isso, podem se dar muito mal. Basta ver que a definição de ímpio nos dicionários é a pior possível: “Ímpio significa desumano, desnaturado, insensível. É aquela pessoa que não tem piedade, que age cruelmente. Um indivíduo ímpio é uma pessoa indiferente, intolerável, que pratica barbaridades, que não tem fé, inimigo de Deus. É um pessoa sem princípios morais e éticos”. Dependendo do grau de impiedade, podemos dizer que o ímpio pode ser comparado a um psicopata. Todos nós éramos ímpios até que Jesus veio em nosso socorro, portanto, como vamos nos aconselhar com tal pessoa? Mesmo que seja alguém muito próximo de nós. O apóstolo Paulo censura os Coríntios por levarem suas contendas para serem julgadas pelos tribunais do mundo, e que eles devem buscar se aconselhar com os irmãos da igreja (1º Co 6). 

 Portanto, essa passagem ensina a importância de escolhermos cuidadosamente nossas companhias e não nos deixar influenciar por pessoas que são contrárias aos princípios e valores de Deus. Para isso, devemos nos afastar dos iníquos, dos pecadores e daqueles que zombam de Deus. 

 Portanto, precisamos ter cuidado pois estamos no mundo e convivemos no nosso trabalho, na faculdade ou na sociedade, com pessoas que não se preocupam, de um modo geral, com os princípios cristãos. E, nessa convivência, acabamos, mesmo sem querer, ouvindo o que eles dizem, mas devemos nos cuidar para não chancelarmos, ou seja, adotarmos como estilo de vida, o que ouvimos deles. Não precisamos agir com agressividade, mas devemos impreterivelmente demonstrar nosso ponto de vista Cristão.

 Satanás sabe do poder da palavra e influencia as pessoas fracas espiritualmente para tentar minar nossos princípios. Devido a importância desse assunto, o apóstolo Paulo trata do fato de participarmos ativamente das más conversações: “ Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”.1º Co 15.33; “Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo”. Col 2:8 e “ Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar”. Col 3:8 

 Veja que o foco desses versículos não é se praticamos o pecado ou não. O salmista não nos adverte para não sermos perversos ou escarnecedores. Ele está chamando nossa atenção para termos cuidado com o que influencia nossas vidas para o mal. O caminho para a perdição geralmente não acontece de uma hora para outra, mas vai aos poucos. É uma palavra indecorosa aqui, outra ali, quando vemos estamos enredados em verdadeira baixaria zombeteira. Ou seja, vamos aos poucos tendo nossa consciência cauterizada para não resistir ao pecado quando damos ouvidos a quem já está nesse estágio: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, 1 Timóteo 4:1-2 

 Temos exemplo na Bíblia, de um rei que tomou conselhos com as pessoas erradas e se deu mal. Trata-se de Roboão, filho de Salomão, que substituiu seu pai no trono após a morte dele. Os israelitas foram a ele, Roboão, reclamar de que os impostos estavam muito pesados. Ele então consultou os antigos conselheiro do seu pai Salomão, e eles disseram que ele deveria baixar os impostos. Contudo, ele se aconselhou também com alguns jovens que cresceram junto com ele, e eles disseram que ele deveria aumentar os impostos. Essa foi a resposta que ele deu aos israelitas e eles o abandonaram causando desavenças entre Judá e Israel, e ele acabou sendo rei somente de Judá. Precisamos estar alertas para não sermos influenciados por pessoas com aparência de serem do bem, mas não o são. Foi o que aconteceu durante o julgamento de Jesus. Os sacerdotes e os anciãos induziram o povo a escolher Barrabás para ser solto, e não Jesus que tanto bem fizera a todos: “Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus. Mateus 27:20. É claro, que isso aconteceu para que se cumprisse projeto de Deus para salvar a humanidade. Ou seja, o Senhor transformou a maldição em bênção. 

 Portanto concluímos que a verdadeira felicidade não é encontrada quando buscamos a companhia de quem segue o caminho largo que nos afasta de Deus. Buscar a convivência deliberada e constante com o ímpio é brincar com fogo. É se deixar envolver por falácias que podem nos levar à perdição, como foi o que aconteceu com Eva no Éden. Que busquemos ouvir a voz do Espírito de Jesus que habita em nós e também nos dediquemos a estudar a Palavra de Deus para apreender e compreender o que Deus espera de nós. Senhor, seja conosco nos orientando e livrando do engano. Em nome de Jesus. Amém!