SIM, SIM; NÃO, NÃO...
Muitas pessoas cientes do poder
das palavras têm criado
artifícios verbais para mascarar seus erros. Para tentar amenizar os fracassos e as
mazelas que grassam nesse mundo sem graça por causa de satanás. Para isso
lançam mão de um recurso linguístico, o eufemismo, que são palavras usadas para
suavizar situações constrangedoras, para mascarar o pecado.
Hoje já não se chama de leviandade o rapaz ou a
moça que sai com vários na mesma noite. Está apenas ficando. Aliás, há até competições para saber quem ficou com mais pessoas durante
uma festa,dá ´status. Não há mais roubo , há “recursos não contabilizados”, “caixa dois ”
ou desviou recursos dos cofres públicos. Claro
que é quando
se refere aos grandes roubos , ou melhor dizendo atitudes
de “colarinho branco ”,
porque pobre
continua é roubando mesmo . As prostituas
de antigamente, também acabaram agora é garota de programa. Empurrão facial e
não tapa na cara. Drogado não existe mais, agora é dependente químico. Mentira
é faltar com a verdade, pode? Acabou traição ou adultério agora é caso
extraconjugal. Legal mesmo é quando você está urrando de dor, e o médico ou o
dentista diz que aquele procedimento que está usando causa algum
´desconforto`.
E a brutalidade da guerra. Alguém já disse que
em uma guerra, a primeira vítima é a verdade. Veja como se máscara um ato tão
bárbaro com palavras. Agora existem conflitos, ofensiva, campanha, intervenção
e operação militar, forças de ocupação. Vejam só! As guerras acabaram.
E o cinismo não tem fim. Quando alguma coisa dá
errado na guerra, digo, na ocupação, há sempre o recurso do eufemismo: como "fogo amigo" (ser atingido pelo próprio
exército), "dano colateral" (vítimas civis quando o alvo é militar),
"ataque cirúrgico" (com precisão), "baixas" (mortes). São
fórmulas usadas para mascarar a experiência brutal da guerra.
E o politicamente correto. Deve-se ter muito cuidado, mas
muito cuidado mesmo quando nos referirmos às minorias, senão tornamo-nos
bárbaros preconceituosos. Não sei não, acho que querem me amordaçar, impedir-me
de ter opinião própria, e o pior, impedir a divulgação das verdades da palavra
de Deus. Mas isso é outra questão.
Embora
sempre seja tratado como figura de linguagem, o eufemismo é um recurso usado
para convencer alguém de que algo não é tão grave. Apresenta-se a realidade sob
luz cor-de-rosa. É como se dizia antigamente, acham que o fato de não dar o
nome aos bois alivia a gravidade do pecado.
É uma arma que o ser humano tem para não dizer as coisas
cruas como são. Ao usar um eufemismo, viro o rosto à realidade crua que me
incomoda - diz Ingedore Koch.
Podemos nos enganar uns aos outros, aos pais,
irmãos, cônjuges, à igreja, mas nunca a Deus. Para Ele o pecado
continua sendo pecado , não importando o nome
que se dê : “desvio
de conduta ” “ou
falta de ética ”.
Não adianta tentar maquiar, tentar enganar com eufemismos porque Deus é o
criador da palavra, conhece-a muito bem, e a nós também.
O fato é que quando estivermos diante do
Tribunal de Deus, não haverá máscaras e subterfúgios. Provavelmente estaremos
nus, sem terno e gravata e não haverá eufemismos que nos ajude, ficaremos mudos
de vergonha. E ´quem poderá nos defender`? O sangue de Jesus. Isso para
quem o tiver correndo nas veias.
“Mt.5.37
Seja, porém , o vosso falar : Sim , sim ; Não , não ; porque , o que passa disto é de procedência
maligna.”
Aleluia!
Pr. Lúcio Barreto
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