7E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? 8Produzi, sim, frutos que mostrem vosso arrependimento! 9Não presumais de vós mesmos, dizendo: ‘Temos por pai a Abraão’; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode gerar filhos a Abraão. 10O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Mateus 3 

 Há momentos em que o desânimo pode roubar nossa coragem e esperança, e uma das causas do desânimo pode ser as muitas tribulações porque passamos na vida. Existem situações que parece que não conseguiremos superar. Pode ser qualquer evento negativo que nos cerca, como um problema de saúde, um relacionamento em crise, situação financeira difícil… pode ser também o fato de algumas pessoas estarem progredindo, e nós não; ou quando estamos doentes e vemos alguém com saúde; quando insistimos em oração sobre algo que parece que é justo, mas Deus fica em silêncio e, ainda pior, vemos alguém recebendo uma bênção semelhante ao que estamos pedindo e ainda não alcançamos. Não podemos mos esquecer de que nosso Deus é onisciente e sabe o que realmente é melhor para nós.

 É fato que todas as pessoas vão passar por fases de desânimo, pois todos nós estamos sujeitos a situações adversas. Há pessoas de destaque e de fé, nas escrituras, que viveram situações realmente difíceis, chegando a desanimar. Jonas foi um desses. Ele não se conformava por Deus ter perdoado os Ninivitas, um povo rebelde, e ele chegou a pedir para Deus tirar-lhe a vida: “3 Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver. Jonas” 4.3. O Senhor, então, fez crescer uma planta que dava sombra para Jonas, mas depois secou essa planta, e Jonas mais uma vez desanimado pediu a morte. O Senhor, então, disse a ele: você tem compaixão de uma planta, e eu não posso ter compaixão das pessoas? Que essa lição recebida por Jonas sirva para nós também quando não estivermos sendo atendidos por Deus, pois os planos do Senhor são muito mais altos do que os nossos. 

 Jeremias foi outro que passou por tantas tribulações, foi mais radical ainda do que Jonas, ele amaldiçoou dia em que nasceu: “14 Maldito seja o dia em que eu nasci! Jamais seja abençoado o dia em que minha mãe me deu à luz! 17 pois ele não me matou no ventre materno nem fez da minha mãe o meu túmulo, e tampouco a deixou permanentemente grávida. 18 Por que saí do ventre materno? Só para ver dificuldades e tristezas, e terminar os meus dias na maior decepção? Je 20. Apesar do desânimo, continuou fazendo a obra de Deus, exercendo sua função de profeta. Assim devemos ser nós também. Podemos desanimar por não compreendermos o agir de Deus, mas nunca devemos desistir de caminhar, pois Deus está do nosso lado. 

 Outro que entrou em desespero e chegou a lamentar ter nascido foi Jó. Ele passou, é verdade, por enormes tribulações. Perdeu todos os seus bens, morreram todos os seus filhos e estava doente de enfermidade que lhe trazia muita dor e angústia. Alguns acham que era lepra em todo o seu corpo. Ele, então, amaldiçoa, como Jeremias, o dia em que nasceu. No desespero diz o seguinte: Por que não morri eu na madre? Por que não expirei ao sair dela? Jó 3:11. No capítulo três é Jó, nos vinte e seis versículos, reclamando acidamente da situação em que se encontrava. 

 Entretanto, depois que Deus argumenta com ele sobre sua soberania, ou seja, mostrar para Jó que Ele, o Senhor é quem criou todas as coisas e, portanto, tem uma cosmovisão de tudo e sabe o que está fazendo, Jó se humilha e reconhece a soberania e sabedoria de Deus e diz: “Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Jó 40:4 e, mais adiante acrescenta: “… Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás Jó 42:3-4. Então Jó cita aquela conhecida frase “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Jó 42:5 

 É importante notar que os três personagens, Jonas, Jeremias e Jó, apesar de terem enfrentado grandes tribulações, têm seus nomes eternizados em três livros registrados na Bíblia e nós, centenas de anos depois, estamos estudando e aprendendo com eles. Por outro lado, aprendemos que é na tribulação, como disse Jó, que nós percebemos mais perto de nós, a presença do Senhor, que fez um milagre e restaurou a sorte de Jó em dobro. Inclusive deu-lhe sete filhos. 

Portanto, vemos que é na tributação que acontecem os milagres, pois, se tudo estiver correndo bem, não há necessidade de milagres. Foi isso que mostraram os milagres de Jesus curando enfermos, atribulados espiritualmente e até ressuscitando mortos. Portanto, Senhor, pedimos, em nome de Jesus, que o Senhor abra nossos olhos nos momentos difíceis para enxergarmos que não estamos sós, e que o Senhor cuida com cuidado e carinho de seus filhos. Obrigado Senhor! Amém!

 Davi nos leva a contemplar a majestade de Deus manifestada na criação. Nesta passagem, vemos uma reflexão resumida da sabedoria de Deus em criar uma mecânica perfeita de funcionamento do universo que Ele formou. Nesses versículos, David nos orienta a olhar para o céu e a terra que comunicam a grandiosidade e sabedoria do nosso Deus criador. A mensagem da criação é transmitida de forma contínua, silenciosa e universal. O ciclo constante do dia e da noite, o nascer e o pôr do sol, e os rios que não se esvaziam, lembram-nos da fidelidade de Deus e da sua obra criadora, enquanto ensina que cada novo dia é uma oportunidade para testemunhar a Sua graça. 

 Portanto, caminhando próximo da lagoa da Pampulha, ou próximo do mar e observando aquela quantidade enorme de água, ficamos pensando como Deus é grandioso. Ele tem uma capacidade de criar algo tão grandioso como rios, lagos, a chuva, os mares, sem os quais não haveria vida na terra. Portanto, o Senhor não só cria coisas magníficas como também funcionais. No caso da água, providenciou para que ela se renovasse constantemente, como disse Salomão, para nunca acabar e não inundar toda a terra, a não ser no dilúvio que foi Seu propósito. Veja que todos os dias a humanidade, mais de sete bilhões de pessoas, fazem uso dela e ela nunca se acaba. Ela, além de ser usada para beber, tomar banho, serve para limpeza, para irrigação e para várias outras utilidades. É vital.

 É sobre isso que Salomão reflete nos versos acima quando Fala do fato do sol nascer todos os dias, o que permite que a Terra permaneça para sempre. Ele lembra o milagre da repetição constante de atividades de elementos fundamentais que Deus criou e que se renovam diariamente, sem os quais a vida na terra se extinguiria, que tais se repetem e permanecem desde que o mundo é mundo. Basta nos lembrar de que se o sol, e também a lua, estivessem mais próximos ou mais longe da terra, seria impossível a vida no planeta Terra. Devemos nos lembrar também de que Deus providenciou cada amanhecer, cada por do sol e as estações do ano se sucedendo constantemente, mostrando a grande sabedoria e habilidade organizacional de Deus.

 Olhando também para o céu, para um lado e para o outro, vemos aquela imensidão, até onde a vista alcança. Então me lembrei de que alguns cientistas dizem que o universo é infinito e outros acham que não, e, com isso, tentei imaginar como é algo infinito, e vi que nossa mente não consegue entender o significado disso: infinito. Nós não conseguimos imaginar algo que não tem fim. Mesmo porque, se o universo tiver fim, o que virá depois do fim do universo? Somente um Deus infinito poderia ter criado algo tão grandioso. O mesmo questionamento sobre o que é o infinito é feito pelos descrentes, mas relacionando a Deus. Questionam, discordando, do fato de acreditarmos que Deus sempre existiu e é infinito. É o finito tentando entender o infinito. Davi diz que o universo grita alto , sem palavras, que o seu criador, Deus também é infinito: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o solSalmos 19:1-4 

 Sempre que voltamos nosso olhar para o universo, com sua grandiosidade, percebemos que ele está dizendo, sem palavras, veja como Deus é grandioso. Se a criação é tão magnífica, quão incrível deve ser o criador? Com uma comunicação silenciosa a natureza nos revela a beleza, a majestade e cuidado de Deus com a sua criação. Imagine uma pessoa que tenha nascido cega e, já adulta, passe a enxergar e veja essas maravilhas como uma noite de luar, um céu estrelado, a imensidão do mar, um nascer ou por do sol magníficos, etc. Ficará extasiado e não terá dúvidas sobre a existência de um criador, Deus, e sua extraordinária e incomparável imaginação. O problema é que nos envolvemos tanto com nossos afazeres, ansiosos na busca do sucesso, que não paramos para observar a grandiosa obra de Deus. Nem paramos para apreciar, por exemplo, um jardim ou um campo florido. Jesus orienta que devemos nos dedicar nessa contemplação: “Observai os lírios; eles não fiam, nem tecem. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles”Lucas 12:27 

Também merece destaque a tremenda funcionalidade desse imenso globo terrestre que permite a sobrevivência humana indicando, sem dúvida, a existência de uma mente sem igual. Por isso, cientistas mais racionais, acreditam que nosso planeta foi produzido por um “design inteligente”. Ou seja, seu autor não só é um exímio desenhista, bem como um tremendo engenheiro e arquiteto. 

 Portanto, quando olhamos para a natureza e para os astros fica muito difícil de acreditar que isso tudo é fruto do acaso, de uma explosão. Mesmo porque cabe uma pergunta, quem riscou o fósforo para haver explosão. Diante da exuberância e da utilidade da natureza que, como já disse, dá sustentação para a existência do ser humano, algumas pessoas chegam a idolatrar a natureza. É o que se chama panteísmo que é adoração da natureza, colocando a criação no lugar do criador. Enquanto que a realidade é que Deus preparou cuidadosamente toda a natureza, todo o universo para nos dar condição de aqui viver. Fez funcionalmente e carinhosamente todo esse cenário para receber adequadamente o ser humano criado a sua imagem. Então, criou o ser humano e entregou a ele o domínio de tudo isso, e se há imperfeições é culpa do homem, pela queda. A natureza, o universo mesmo sem voz, mudos proclamam a glória de Deus, e nós, com voz, com inúmeros meios de comunicação, será que temos proclamado a glória de Deus? As pessoas, quando olham para o explendor do universo e pelo seu comportamento veem a mão de Deus em ação. E quando olham para nós veem o quê? Portanto, é dever nosso sermos gratos ao cuidado de Deus e, seguindo o exemplo do universo, proclamarmos diariamente a grandiosidade do nosso Deus e a obra redentora de Jesus, nosso salvador. 

 Sendo assim, precisamos voltar nossa atenção aos detalhes da natureza, para as plantas, para os animais, para as montanhas, para as praias, para as estrelas, para os planetas, para a gravidade, etc. Percebemos que é tudo tão incrível! Lembremo-nos sempre de que o Senhor que criou o céus e a terra, domina sobre tudo e dá a palavra final em todas as coisas, É O NOSSO PAI. Ele que tem tanto poder para coisas astronômicas, também zela carinhosamente por nós, seus filhos. Ele que tem todo poder cuida de nós nos mínimos detalhes demonstrando que, para Ele, somos mais importantes do que todo o universo que criou, como disse o próprio Senhor Jesus:“E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados. Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais.”Mateus 10:30-31 ARA Glória a Deus! Haleluia! Amém!

 Parte 3 Vamos continuar na reflexão sobre a Bíblia Sagrada. Como já dissemos, trata-se de uma fonte inesgotável de sabedoria. A própria Bíblia é um livro tão real que temos a sensação de que ela fala conosco e nos aconselha ao lê-la: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”. João 5:39. João disse, e é verdade, que quem examina a Bíblia com cuidado e põe em prática o seus ensinamentos poderá alcançar a vida eterna, e mais, como ele mesmo disse, ela dá testemunho de quem é Deus. Ou seja, quanto mais conhecemos as escrituras, mais conhecemos de Deus. 

Parte 2 Vamos dar continuidade à reflexão que iniciamos no artigo anterior sobre aspectos da Bíblia Sagrada. Para nós, os cristãos, ela é a Palavra de Deus revelada através dos escritores divinamente inspirados, sendo que Jesus Cristo é a figura central. Existem várias passagens que citam a autenticidade da Bíblia como a palavra de Deus. Vamos ver uma delas: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. 2 Timóteo 3:16-17