A PRAÇA É DO
POVO
Os reis e os
príncipes dominam nos palácios, mas a praça é do povo, e o clamor das ruas tira
o sono das autoridades para que acordem da letargia e ouçam a voz rouca das
ruas.
Estamos
vivendo momentos de passeatas pelo país afora e a maioria dos manifestantes nas
ruas é dos sem bolsas governamentais, mas que pelo contrário vêem suas bolsas
assaltadas pelos sufocantes impostos, indo seu dinheiro parar nos bolos dos sem
caráter.
A maioria dos manifestantes é dos sem esperança de tanto ver
a manipulação das leis e dos poderes federais em proveito próprio, num casuísmo
deslavado e nojento.
A maioria dos manifestantes está descrente por ver o quarto
poder, a mídia, em geral, também se ajoelhar vendida e, manipulada, manipulando
notícias para só profetizar, ou seja, distorcer os fatos sempre a favor dos poderosos.
A maioria dos manifestantes cansada de viver enjaulada por
causa da violência, cansada de ser transportada como gado no vagão, em pé nos
ônibus; cansada de ficar horas dias e meses esperando um atendimento de saúde,
cansada de ver uma educação falida, cansada de ver os idosos terem que
desaposentar e voltar a trabalhar para se sustentarem, cansada do casuísmo das
autoridades e cansada de ver o dinheiro público escoar para o bolso dos
corruptos impunemente; lembrou que é o quinto poder, e resolveu mostrar que
estava cansada de ser massa de manobra, iludida pelas falácias dos palácios.
O partido do governo que sempre gostou de passeatas, desde
quando era oposição, agora está provando do próprio veneno, como Collor, que
conclamou o povo para ir às ruas e o povo foi, contra ele.
Veja o que disse
o grande Rui Barbosa: "De tanto ver
triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a
injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem
chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser
honesto" (Rui Barbosa)"
Só que agora com
os recursos da comunicação o povo manda um recado claro. Os outros poderes, executivo, legislativo,
judiciário e mídia, podem ter se rendido aos interesses escusos, mas o povo
mostrou que a qualquer momento pode se levantar para chamar às falas o
autoritarismo de alguns.
Não estamos aqui fazendo apologia do espírito de rebeldia
contra a autoridade, mas apenas uma reflexão de como é o momento político
econômico pelo qual estamos passando. Repudiamos toda e qualquer atitude radical de depredação e vandalismo, somos a favor da paz. Não somos contra o princípio de
autoridade, mas também não podemos aplaudir autoridades e autoritarismos sem
princípio.
Finalmente, é bom lembrar que a solução definitiva é só
Jesus, pois desde a queda no paraíso, o homem caído é corrompido e, mudar os
governantes é só mudar o rótulo, a essência continua a mesma. Portanto, o ser
humano precisa de uma transformação interior, ou seja, precisa de Jesus.
Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor!