ESTAMOS SEGUINDO A  JESUS OU A HOMENS?

Em outro artigo já escrevi e repito, o politicamente correto é um artifício que satanás usa para amordaçar a sociedade e especialmente  os cristãos quanto ao pecado. As patrulhas ideológicas, travestidas de politicamente corretas, tentam, até com agressividade, impedir qualquer pensamento divergente delas e vão logo taxando de homofobia, racismo ou preconceito.

Infelizmente temos também dentro da igreja disfarçados de biblicamente corretos, aqueles que se julgam únicos donos da verdade e que não aceitam ouvir um não em qualquer assunto que tratam. Qualquer pensamento contrário ao deles é também chamado de espírito de rebeldia, ou dizem: quem somos nós para julgar, pois também somos pecadores. Usam até versículos para impor sua autoridade: "Obedeçam aos seus líderes e sigam as suas ordens, pois eles cuidam sempre das necessidades espirituais de vocês porque sabem que vão prestar contas disso a Deus. Se vocês obedecerem, eles farão o trabalho com alegria; mas, se vocês não obedecerem, eles trabalharão com tristeza, e isso não ajudará vocês em nada. He. 13.17"

No catolicismo temos os santos e no meio evangélico temos alguns líderes, poucos felizmente, que se julgam santos intermediários entre os irmãos e Deus, e lamentavelmente muitos crentes os idolatram e colocam em um altar como intocáveis.

Esses líderes costumam dizer que eles têm a visão e agem como se alguém que não concordar com eles em tudo, está discordando de Deus.

Muitos crentes confundem as coisas e acabam seguindo o pastor, mesmo errado, e não o Supremo pastor Jesus. Dependem do líder para tudo, para mínimas decisões da vida,  tornam-se infantilizadas. São crianças espirituais, vivendo como em manadas, sem opinião própria, com viseira para não olhar para os lados. Para eles, o que o pastor falar é como se Deus estivesse falando, mesmo que estiver em desacordo com a Bíblia, isso porque, na sua maioria, não conhecem a Palavra de Deus, pois não a leem. Para eles, palavra do pastor basta, mas sabemos que muitos líderes por ignorância ou de propósito distorcem a verdade: “E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos. Por isso, vigiem! Lembrem-se de que durante três anos jamais cessei de advertir cada um de vocês disso, noite e dia, com lágrimas.”Atos 20:30-31 NVI

Não estamos aqui fazendo apologia do espírito de rebeldia, nem queremos instalar uma Santa Inquisição dentro da igreja, mas precisamos tomar cuidado para não nos tornarmos participantes de heresias, autoritarismo e mesmo desonestidades. Não se trata de apontar o dedo, mas de estender a mão. Alertar um irmão do erro, com carinho, é um ato de responsabilidade diante de Deus e de amor ao próximo. Martin Luter King já advertia para o fato de nos calarmos diante do erro: "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética...o que me preocupa é o silêncio dos bons."

Ainda quanto ao fato de termos liberdade de expressar nossos pensamentos, vemos que as Escrituras consideram os  bereanos mais nobres que os tessalonicenses porque eles recorriam as Escrituras para ver se aquilo que estava sendo ministrado de acordo com a Palavra de Deus, ou seja, são elogiados por não aceitarem tudo que era dito sem confirmarem se era verdade: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.”Atos 17:11 NVI

Claro que somos a favor de se respeitar e obedecer as autoridades, mas não deve ser obediência cega. Isso só a Deus. Caso contrário, poderemos seguir falsos líderes, como nos adverte o próprio senhor Jesus: “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores.”Mateus 7:15 NVI

Que nos esforcemos mais na leitura e consequente conhecimento da Palavra de Deus para que através dela o Espírito de Jesus nos oriente para não sermos rebeldes, mas também não sermos coniventes com o erro, ou seja, com o pecado, mesmo que seja cometido em nome de Deus.

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