A CULTURA E A SALVAÇÃO
Nosso modo de pensar e atitudes são resultados do aprendizado de geração em geração por meio do convívio no meio cultural em que vivemos. A cultura é que dá uma identidade à pessoa: “A cultura é um fator de humanização. O homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo cultural”. (Dic. Caldas Aulete).

O resultado desse aprendizado é que muitas pessoas têm dificuldade para aceitar Jesus, pois terão que mudar sua cultura, o modo de pensar que aprenderam e sempre praticaram e achavam que era o certo. E ao aceitar Jesus Irão nascer de novo, adquirir uma nova identidade, abandonando a identidade mundana por uma espiritual, e é muito difícil abandonar aquilo que nos foi ensinado direta e indiretamente através dos anos.

Quando uma pessoa ouve falar da salvação em Jesus, ela imagina que já é salva porque vai a sua igreja semanalmente e porque pratica caridade, às vezes, como lhe foi ensinado. Ela costuma dizer: nasci nessa religião, meus pais e meus avós também, logo, vou morrer nela.

Ela acha que se aceitar Jesus vai perder sua liberdade, vai ter de parar de beber, de mentir, de adulterar, vai ter que exercitar mais o amor ao próximo e assim por diante. Ou seja, a cultura do evangelho é diferente daquilo que aprendeu como sendo a fórmula da felicidade, mas que não passa de alegrias momentâneas com um preço muito alto a pagar por elas.

A pessoa, mutas vezes, não entende que a ética praticada pelo Cristianismo não é uma imposição, uma prisão. O evangelho não é não pode, mas é pode não. Pode não ser viciado, pode não ser mentiroso, pode não ser adúltero, pode não ser ansioso quanto ao futuro, pode não ser deprimido, enfim, é o poder de Deus para vencer o pecado: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas... Atos1:8a”.

O Evangelho liberta das amarras de satanás que prendem a atitudes de que gostaria de se ver livre. Jesus é liberdade, não prisão: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8.32

Essa aceitação, essa mudança cultural também pode afetar o relacionamento social e familiar. Causar um efeito em cascata, pois quando um dos membros do grupo, um parente ou um amigo, muda de atitude, provoca reação, porque coloca em cheque o comportamento de todo o grupo. Isso pode levar à reflexão que conduz à rejeição, mas pode levar à transformação de outros membros do clã, que também serão libertos por Jesus.

A maior oposição a Jesus foi exatamente por causa dos seus ensinamentos serem, na maioria das vezes, contrários à cultura tradicionalmente praticada pelos Judeus. Jesus usava elementos da cultura para transformar a cultura. Falava do que era pratica comum e como deveria ser na verdade:  

“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Mateus 5:43-44”
É impossível viver com Jesus na eternidade levando a cultura mundana. Aceitar Jesus é aceitar sua cultura, que deverá ser o estilo de vida de quem for para o céu: o amor.  Para ser salvo é preciso mudar de direção e, para isso, contará com a ajuda do Espírito Santo para ensinar-lhe o caminho da liberdade e da salvação em Cristo.
Amém!
Pr Lúcio Barreto (pai)